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Comunidade Darôra - Roraima. |
O Darôra é uma é uma comunidade indígena da etnia Macuxi, localizado nem Roraima, na região do Baixo São Marcos, situada as margens do rio Itacutu. A comunidade tem aproximadamente 45 famílias e 180 pessoas.
Darôra é uma palavra indígena em Macuxi, o nome de uma árvore típica daquela região, significa "Pau duro", e é uma árvore muito utilizada na construção de casas como coluna, currais para animais, e cerca para a roça dos indígenas.
Eu tive o prazer de conviver nesta comunidade quase um mês corrido, pude participar de muitas coisas que eles tem costume de fazer diariamente como por exemplo:
- Pescaria em lagos, rios e Igarapés; Muito comum a pescaria para venda e consumo.
- Fabricação de Farinha; Um dos pratos principais da alimentação indígena.
- Campear; Buscar o gado no campo e levá-lo ao curral.
- Adestramento de Cavalo; Lá tem muitos cavalos "Bravos", alguns trabalham amansando os cavalos, vendas ou trocas.
A culinária é riquíssima, pois os alimentos de consumo são de fabricação própria, sem conservantes ou adubos químicos. Tem muita diversidade de frutas; Dão, Ata, Azeitona, Araçá, Caçari, Taberebá, Mirixi, Caju, e me lembro das Mangas do vovô Fernando com Mangueiras centenárias uma delícia, dentre outras.
No dia a dia o mais comum é Peixe, carne de gado, carne de capivara, porco, paca e etc.
Tem também a Damorida que é uma comida bem apimentada típica dos indígenas, que vem com acompanhamento o caxirí feito de mandioca. A macaxeira também é muito comum na culinária, assim como a batata.
Tem a plantação de melancia, milho, feijão, abóbora, maracujá, laranja entre outros.
É costume do povo indígena juntar as panelas e fazer sua refeição, geralmente o almoço e janta juntos, no barracão (costume passado de geração em geração).
O líder da comunidade conhecido como "Tuxaua", reúne o povo para tratar sobre a construção das casas, ele forma as equipes de trabalho onde eles irão providenciar o material para construção, madeira, palha (para cobrir a casa), ripa, adobo (tijolos feito do barro).
Nas datas comemorativas, eles se reúnem no "malocão da comunidade, e fazem uma grande festa, com brincadeiras, danças do parixara, dança do areruia, guerra do Jabuti, corrida com tora, músicas tradicionais local do Baixo São Marcos e da própria comunidade.
Durante o tempo em que estive ali, eu aprendi algumas palavras em macuxi, pois eu gosto muito de aprender novos idiomas.
Aprendi palavras como:
- Morî'wei - Bom dia;
- Morî pe nan? - você está bem?
- Inna - Sim
- Morî pe' wai - estou bem.
- Kane - Não
- Paapa' - pai
- Paa'pa - Deus
- Ka'poi - Lua
- Tuna - Água
- Kawaré - Cavalo
- More - Criança
- Kono' - Chuva
- Yei - Árvore
Foi um tempo muito bom, onde pude fazer boas amizades, aprender muito com eles compartilhar a palavra de Deus com eles. A Quadrangular tem uma igreja dentro da comunidade, com um pastor indígena da comunidade, a SGM tinha um casal de Missionários que viveu lá quatro anos. Este ano no estado de Roraima vai acontecer o CIMQ um centro de preparação teológica e missiológica, que visa preparar os indígenas para aturem como missionário em suas comunidades ou em outras as quais não tem presença missionária, onde este casal estão liderando o centro de treinamento(falarei no próx pos).
Para a realização deste post, eu precisei da ajuda de um amigo Paulo Sérgio, um indígena da comunidade Darôra, ele tem 25 anos, é missionário na própria comunidade e tem ajudado a sua Igreja local com o cuidado dos Jovens.
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Eu e o Paulo Sérgio (esquerda). |
Segue algumas fotos do tempo em que estive na comunidade.
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Culto na casa debaixo da mangueira |
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Mesa Almoço Indígena |
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Vários lugares de Darôra |
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Jogo de Futebol na comunidade. |
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Escola Bíblica Quadrangular na Comunidade. |
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Pescaria as margens do Rio Itacutu. |
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Cuidando do Gado. |
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Adestramento de Cavalo |
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Lago na comunidade |
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Construindo casa |
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Acertando o tamanho da palha (telhado). |
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Levantando as paredes. |
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Adobe (tijolo de barro). |
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